Não há torso nem rosto.
E com a simplificação o mistério se intensifica.
Livre de angústias dilacerantes,
Lu nos brinda com vislumbres.
Des- desenha
com rigor de régua
na correnteza do alfabeto retilíneo.
Vai pelo atalho. Doma os luzimentos.
Torna visíveis as fisionomias da Luz.
Esparrama o tráfego cromático
por contra - planos ultra – passantes.
São vistas esplêndidas, tonificantes.
Impulsos faiscando em faixa própria.
Artérias de cor derramadas nas raias vibratórias.
Retalhos siderais por alamedas e pátios.
Pulsação pura.
Lampejos de divinas claridades.
Panoramas ofuscantes. Iridescências ágeis.
Fótons-zéfiros. Matizes-felizes.
Amarelões impactantes. Vermelhões rubrotintos.
Zulmarins cruzados. Açafrões búdicos.
Gris – nuage. Brancos – de – marfim.
Gradações evanescentes, sombreadas, nuançadas.
Vertiginosos azuis em queda livre para o ex- azul.
Alaranjados adernando.
Vivos verdes abrandados à alvura final.
“Scuros” amanhecidos em “chiaros”de alabastro
Degradês. Gradientes. Degraus.
(O adeus - das – luzes.)
Reverberação estelar. Fulgor seráfico.
Emanações sem pressa, ardendo como incenso.
Há o travo numinoso.
Jorro produtivo carregando espiritualidade.
Oferecendo equilíbrio,
Correspondência
e harmonia com o Universo.
Arte educadora, ensinando a enxergar novos mundos,
Descortinando veredas de Dimensões Contíguas.
Criações sugerindo
uma aurora
mais esperançosa.
Elcio Capalbo
